Foi um processo muito desafiador, mas que vem rendendo ótimos resultados! tivemos muitos imprevistos durante o projeto. A comunidade sofre bastante com a questão de inundação e, com as chuvas fortes em recife, ficava cada vez mais difícil construir o parque. Muitas pessoas perderam bens materiais e entes queridos durante os últimos tempos, dificultando a mobilização e o engajamento das pessoas uma vez que a comunidade tinha desafio mais urgentes para serem resolvidos.
Tendo em vista que um processo participativo não se resume a participação das pessoas mas também ao adequamento ao contexto em que o território está envolvido, depois de muitas reuniões, foi acordado fazer a obra das canaletas e a cisterna, tendo em vista que as doenças como leptospirose e dengue afetava muitas crianças, bem como o acúmulo de água nos espaços comuns impediam dessas a brincar livremente.
Nesse sentido, fizemos articulação com engenheiros da ONG Estrela do Deserto que prestou assistência técnica na parte de engenharia. Essa obra foi realiza com muitas mãos e com a presença de oficinas de educação ambiental e literatura para as crianças, realizada pelo setor de educação do MTST.
Depois, foi erguido o parque com os mobiliários e espaços para brincadeira e descanso. A pintura, a ser realizada pelo Pão e Tinta, grupo local de grafitagem, está em processo para dar mais alegria e autoestima ao espaço!
Além das questões da chuva, a comunidade possui uma forte rivalidade decorrente do tráfico de drogas, o que dificultava a realização de muitas atividades nas datas previstas, tendo que ser remarcadas.
Apesar dos entraves, as pessoas estão mais engajadas e as crianças com mais espaços para brincar, se divertir e socializar. São muitos desafios a serem superados, mas esse projeto foi um grande passo para conseguirmos nos organizar e manter um olhar atento para nossas crianças e seus direitos.